quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Espermatogênese e Ovocitogênese






A embriologia é o estudo do desenvolvimento pré-natal inicial de um animal. Ela tem início com a fecundação, ao seja, com a união dos gametas masculino e feminino, originando um zigoto. O espermatozoide e o ovócito são células sexuais altamente especializadas. Estas células gaméticas são originadas a partir de uma forma especial de divisão celular, a meiose.

MEIOSE: 
Uma vez na gônada, as células germinativas primordiais continuam a dividir-se mitoticamente, produzindo milhões de gametas potenciais (de- nominadas de espermatogônias no macho e de ovogônias na fêmea). Mas chega um momento em que essas células das gônadas, tanto masculinas como femininas, necessitam reduzir seu número de cromossomos, passando da condição diploide para a haploide. Nessa última, cada cromossomo está representado somente uma vez, enquanto as células diploides têm duas cópias de cada cromossomo.
A primeira divisão meiótica se inicia com uma longa prófase, que é subdividida em cinco estágios:
 O leptóteno, com a cromatina das cromátides finamente esticada, não é possível identificar os cromossomos individualmente. Porém, a replicação do DNA já ocorreu, e cada cromossomo consiste de duas cromátides paralelas;
 O zigóteno, quando os cromossomos homólogos encontram-se pareados lado a lado (sinapse; característico da meiose, não ocorre durante as divisões mitóticas). Embora o mecanismo pelo qual cada cromossomo reconhece seu homólogo não seja conhecido, o emparelhamento parece requerer a presença da membrana nuclear e a formação de uma fita proteica chamada complexo sináptico.
 O paquíteno, nesse estágio as cromátides engrossam e se encurtam. As cromátides individuais podem agora ser distinguidas sob microscopia de luz, e pode ocorrer crossingover;
 O diplóteno, o crossingover continua neste estágio. Os dois cromossomos homólogos começam a se separar, devido à decomposição do complexo sináptico, mas eles permanecem presos por vários pontos específicos chamados quiasmas, onde provavelmente ocorreu o crossingover;
 A diacinese, os centrômeros se afastam um do outro, e os cromos- somos permanecem ligados somente nas pontas das cromátides. O nucléolo e a membrana nuclear desaparecem e as tétrades migram para a placa equatorial (ou placa da metáfase).

Espermatogênese 
A espermatogênese é o termo usado para todos os processos envolvidos na formação dos gametas masculinos maduros (espermatocitogênese, espermiogênese e espermiação) a partir das células germinativas  primordiais.

Espermatocitogênese
Após atingir a gônada, as células germinativas indiferenciadas se di- videm mitoticamente e dão origem a células menores, as espermatogônias tipo A. Essas células são caracterizadas por um núcleo ovoide que contém cromatina associada com a membrana nuclear. As espermatogônias A são encontradas adjacentes à membrana basal externa das cordas sexuais.
Durante as divisões espermatogônicas, a citocinese não é completa. Uma vez que um conjunto de células, oriundas de uma espermatogônia, pode permanecer interconectado, pode-se considerá-lo clone. Devido a essas células permanecerem interconectadas, íons e moléculas passam facilmente por essas pontes intercelulares, e cada conjunto celular amadurece sincronicamente. Cada espermatócito primário entra em uma prófase pro- longada .seguida pelo término rápido da meiose I e pela formação de um par de espermatócitos secundários, que completam a segunda divisão da meiose. As células haploides formadas são chamadas espermátides e continuam conectadas umas as outras por pontes citoplasmáticas

As células gaméticas localizam-se sucessivamente ordenadas entre as células de Sertoli, elas permanecem contidas em recessos profundos destas células de sustentação. As espermatogônias, mais basais, apoiam-se na lâmina basal, seguindo-se os espermatócitos primários e secundários e as espermátides. As cabeças das espermátides maduras ficam inseridas no ápice das células de Serloli e as caudas livres voltadas para a luz do túbulo seminífero. Além de sustentação as células de Ser- toli alimentam e protegem as células espermáticas em desenvolvimento e ainda auxiliam a liberação dos espermatozoides .

 Ovocitogênese 

A ovocitogênese é a parte da gametogênese que consiste no processo de formação do gameta feminino, no interior do ovário. Este processo refere-se à sequência de acontecimentos através dos quais as ovogônias (originárias da diferenciação celular das células germinativas primordiais), transformam-se em ovócitos maduros.
A ovocitogênese difere de várias maneiras da espermatogênese. Enquanto o gameta formado pela espermatogênese é essencialmente um núcleo móvel, o gameta formado pela ovocitogênese contém todos os fatores necessários para iniciar e manter o metabolismo e o desenvolvimento. O ga- meta feminino está programado não apenas para contribuir com a metade cromossômica do novo indivíduo, formado por ocasião da fecundação, mas também para fornecer o material necessário para construir uma complexa forma pré-adulta; o ovo deve proporcionar estrutura necessária para o embrião até que ele possa obter sua nutrição de uma fonte externa.   Portanto, além de formar um núcleo haploide, a ovocitogênese também constrói um reservatório de enzimas citoplasmáticas, mRNAs, organelas e substratos metabólicos. Enquanto o espermatozoide torna-se diferenciado para motilidade, o ovócito desenvolve um citoplasma notavelmente complexo. O grau de complexidade deste citoplasma vai depender das adaptações do embrião as formas de reprodução da espécie da qual pertence.
Os mecanismos da ovocitogênese variam entre as espécies, mais que os da espermatogênese. O que não nos surpreende diante do que foi supra- mencionado e por sabermos que os padrões de reprodução variam extrema- mente entre espécies. Em algumas espécies, tais como os ouriços-do-mar e as rãs, a fêmea rotineiramente produz centenas ou milhares de ovócitos de uma vez, enquanto em outras espécies, como nos seres humanos e na maioria dos mamíferos, somente são produzidos alguns ovócitos durante a vida de um indivíduo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário