As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas pela sequência de vários aminoácidos, unidos por ligações peptídicas (cadeia polipeptídica).
Desempenha diversas funções no organismo, sendo: estrutural, hormonal, enzimática, imunológica, nutritiva e de transporte citoplasmático.
Dependendo da capacidade metabólica, alguns seres vivos, como por exemplo, os vegetais (seres autotróficos), conseguem sintetizar todos os polipeptídeos necessários ao equilibrado funcionamento do organismo. No entanto, os animais (seres heterotróficos), requerem os nutrientes essenciais através do hábito alimentar, suprindo as restrições metabólicas.
A sequência de aminoácidos da proteína
Uma proteína pode conter milhares de aminoácidos, com sequência dessas unidades determinada pela informação genética contida no gene, um seguimento da molécula cromossômica. Portanto, todo o funcionamento de um organismo é conduzido pelo controle das moléculas de DNA.
A partir do DNA ocorrem as transcrições, com a fabricação de RNAs: transportadores, ribossômicos e mensageiros. Esses elementos, cada um com incumbência peculiar no auxílio do processo de tradução, proporcionam a produção de uma ou várias proteínas.
Portanto, as proteínas sintetizadas possuem características próprias, desempenhando funções específicas no organismo. Qualquer anormalidade genética, transcricional ou traducional (mutações ou eventuais erros), incidem diretamente sobre a proteína, comprometendo a forma e o funcionamento desta.
Problemas assim podem ser desencadeados por três formas: deleção de um aminoácido decorrente de uma síndrome genética transmitida ao mecanismo de transcrição; ou uma simples troca de aminoácidos (substituição errônea), pela colocação de outro aminoácido que não deveria ser introduzido em tal posição na cadeia peptídica; ou pela inversão da posição modificando a ordem sequencial dos aminoácidos, as duas últimas relacionadas à transcrição ou também tradução. Essas alterações normalmente podem resultar na inativação da proteína.
A estrutura das proteínas
A sequência dos aminoácidos em uma proteína representa a estrutura primária, responsável pelas propriedades da molécula.
Em decorrência à existência de pontes de hidrogênio entre o hidrogênio (carga positiva +) de um aminoácido com o oxigênio ou nitrogênio (carga negativa -) de um outro aminoácido não adjacente, é proporcionada uma torção na cadeia filamentosa, assumindo a proteína uma forma de helicoidal.
Uma proteína não apresenta necessariamente aspecto linear helicoidal. As propriedades químicas dos aminoácidos podem ter efeitos de atração ou repulsão uns para com os outros, principalmente pelo estabelecimento de pontes bissulfeto (ligação envolvendo dois átomos de enxofre de aminoácidos cisteina), causando flexões (dobras) sobre si mesma, chamada de estrutura terciária.
O agrupamento de duas ou mais estruturas terciárias combinadas a outras substâncias, vitaminas ou minerais: ferro, magnésio, iodo, forma a estrutura quaternária. Configuração espacial observada na molécula de hemoglobina, proteína conjugada a íon ferro, compondo os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos do sangue), permitindo o transporte de oxigênio.